sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Espetáculo debaixo d'água

Praia de Maracajaú

A praia de Maracajaú pertece ao município de Barra de Maxaranguape, está localizada no litoral norte a apenas 52 km de Natal. Não bastasse a proximidade da capital, a praia é privilegiada pela existência de uma enorme cadeia de corais, o que proporciona os belos e inesquecíveis passeios de barco conhecidos nacionalmente.

São sete km que separam a orla dos parrachos, como são chamados eles por lá. A pequena viagem é feita de lancha. Uns quinze minutinhos em alto mar e já se chega numas das catamarãs ancoradas na área de águas claras e tranquilas. Diariamente, dezenas de pessoas desembarcam por lá para mergulhar e assistir o espaláculo da natureza.


A caminho dos Parrachos de Maracajaú

Os treze quilômetros de corais fazem parte de uma área de preservação e alimentação marítima com profundidades que variam de 180 a 280 metros. Já es espécies marinhas existentes chega ao número de 150. Além, dos corais, é possível observar o coloridos e a diversidade dos peixes bem de pertinho.


150 km de corais - águas tranquilas em pleno alto mar

No barco de apoio é que visitantes e turistas recebem as instruções básicas de mergulho e de conservação do ambiente. Pisar nos corais ou jogar lixo no mar, nem pensar!
As pessoas que não sabem nadar não ficam de fora do mergulho. Com as instruções do marinheiro todos podem e conseguem fazer um mergulho superficial e seguro, além de usufruir do visual. Para aqueles que têm prática nas técnicas e desejam fazer um mergulho mais profundo nas águas de Maracajaú, as operadoras disponibilizam o mergulho com cilindro. Tem até fotógrafo com câmera a prova d'agua para registar sua aventura.



Na praia de Maracajaú existem quatro operadoras cadastradas que realizam o passeio de barco até os parrachos. Os passeios acontecem durante o dia e de acordo com a tábua de marés. No verão o número de visitantes sempre é dobrado

A beleza de Maracajaú é tão particular que só indo para ver e sentir. A lembrança vai na fotografia e na memória. Um roteiro realmente inesquecível.

Até o próximo mergulho!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Olê mulher rendeira

Fotos: SaskiaCoutinho
Detalhes do processo artesanal da renda

Ela teve o primeiro contato com a renda de bilro com apenas sete anos de idade. Quem ensinou não foi sua mãe, mas foi a própria mãe, a agricultora, que providenciou uma pessoa para ensinar a arte de queria tanto aprender. De lá para cá não parou mais de transformar linhas em peças inteiras e exclusivas Hoje, aos 75 anos de idade, dona Maria de Lourdes de Lima não sabe dizer como seria sua vida sem a renda.

A potiguar, que vive na Vila de Ponta Negra a mais de 40 anos, e viu crescer o bairro, mantém viva a tradição ensinando a fazer renda num espaço ao lado de sua casa. Ela é coordenadora do Núcleo de Produção Artesanal da Vila de Ponta Negra há 11 anos, criado por ela e os filhos.
Experiente, a professora também dar aulas a um grupo de 30 alunas que participam de um projeto realizado pela FAL (Faculdade de Natal) e Cosern. O projeto nasceu, há pouco ou mais de um ano, com o objetivo de resgatar a produção da renda, que diminui ao longo dos anos.
O encontro de veteranas e aprendizes acontece durante a semana e, além dos pontos traçados com perfeição, as mulheres conversam ali sobre as vendas e sobre a vida. Juntas produzem peças de casa, mesa e do vestuário.
Ponto de cultura - para não morrer a renda de bilro

A casa de dona Maria é um ponto importante da cultura e do artesanato na capital. Quando ela criou o grupo de rendeiras a intenção era preservar a arte na comunidade. No início, 15 rendeiras faziam parte do Núcleo, atualmente só resistem quatro delas. Muitas ficaram desestimuladas por causa da baixa procura pelas peças.
O trabalho minucioso e delicado da renda já não desperta tanto desejo como antigamente, diante da variedade de artigos oferecidas pelo mercado industrial. Para dona Maria, a renda de bilro está cada vez mais desvalorizada e esquecida pelas pessoas.

Dos 12 filhos que teve, apenas dois tiveram a curiosidade de saber fazer o entrelaço do bilro, mas não passou da curiosidade. Ambos seguiram outros passos. Deixando a arte rara um talento único para a matriarca da família.
As mãos hábeis, mas já um pouco debilitadas, em função do trabalho longo e constante, não faz dona Maria pensar em se aposentar. “Gosto muito do que faço. Desde pequena que faço renda e vou continuar fazendo até morrer”
Para as alunas, dona Maria costuma aconselhar duas coisas. Uma é que venham aprender por gostarem da arte e outra é que “aprendam a renda para a tradição não acabar. Se um ou dois não dão valor, três ou quatro é muito”, finaliza.
Até o próximo artesanato!

Nada de Feio

É na região do Médio Oeste Potiguar que o município de Governador Dix-sept Rosado está localizado, a 313 km de Natal, bem pertinho de Mossoró. A segunda maior cidade em extensão do Rio Grande do Norte revela sua grandeza não só em território, mas na gente acolhedora e no privilégio de suas belezas.
Foto:SaskiaCoutinho

Governador Dix-Sept Rosado/RN

O destaque na história da cidade é que a origem do povoado se deu as margens do Rio Mossoró, e que Governador Dix-Sept Rosado foi o terceiro nome dado ao lugar, em homenagem ao político de expressão na região.

A indústria de Cal é outra atividade que se confunde com a sua própria história. Os fornos de queima do calcário surgiram em paralelo às primeira construções de moradias. Ainda hoje, os fornos são presença marcante na cidade, tanto na área urbana como na zona rural. Mais de sessenta funcionam como a mola-mestra da economia local. A produção do cal em Governador Dix-Sept Rosado abastece a indústria civil e usinas de todo o país.
Formo de cal

Para conhecer algumas raridades naturais do município temos que caminhar um pouquinho. A cerca de cinco km da zona urbana existe uma gruta. O olhod'água que brota de dentro dessa caverna é conhecido como Poço Feio, mas de feio ele não tem nada. A água azul e limpa faz você lembrar as paisagens daquele antigo filme "A Lagoa Azul".


Fotos:SaskiaCoutinho


Entrada da Gruta (as pixações não contribuem com a beleza do lugar)


Poço Feio

O lugar é encantador, tranquilo e apaixonante. As águas da gruta se unem ao Rio Apodi-Mossoró, que corre bem ao lado.

O Poço Feio é apenas um olho d'água do acervo de 70 cavernas registradas no município e protegido por lei.

A cidade também possui outro atrativo: o bauneário Lagoa de Paus, onde muita gente se reúne para desfrutar das águas do rio mais famoso da região - o Rio Apodi-Mossoró.

Governador ix-Sept Rosado é uma cidade acolhedora e cheia de belas paisagens. Coroada pelo sol e pela sombra dos carnaubáis - em abundância também no município.

Até a próxima caverna!